Saturday, December 3, 2011

O rodizio deles



O dia começou com um misto quente japonês na estação de Kyoto. Nao foi
uma boa escolha, alem de frio (pedimos para esquentar), tinha cebola e
alface. Ate agora o pior cafe da manha.

O cansaço começou a fazer efeito, só acordei com despertador e dormi a
noite inteira (7 horas).

Pegamos o trem para estação de Irani, queríamos ver o Fushimi Irani
Shrine. Esse tal Fushimi eh um corredor de shrines que te guia pela
montanha, como um túnel. A construção eh bem impressionante, os
portais que formam o túnel são eqüidistantes e bem conservados, como
tudo que já vimos (os pontos turísticos tem mais de 1500 anos parecem
como novos, igual no Brasil).

Infelizmente nao pude filmar a "missa" que estava rolando no templo,
fotos e vídeos são proibidos.


Voltamos para a estação central. Resolvemos bater perna no entorno
antes de seguir para Osaka, a terceira maior cidade do Japao. Comprei
uma lembrancinhas (os 10 primeiros amigos que me encontrarem vão
ganhar).

Antes de embarcar, exploramos um pouco a estação . Descobrimos um
terraco com uma vista bem bacana de kyoto. Descemos por um caminho
diferente e fomos parar num pequeno shopping de 9 andares. Sabe
aquelas idéias que o povo tem no Brasil de construir um estádio,
estação, ou qualquer outra coisa e agregar um shopping, restaurantes,
serviços...e nuca sai do papel? Então, isso existe no Japao.

Antes de embarcar comemos o oreo, fiz questao de tirar uma foto,
reparem no tamanho do biscoito, eh ridículo.

Osaka eh a terceira maior cidade do Japao, a região metropolitana tem
17 milhões de pessoas. Ao chegar na estação fomos ao posto de
informações, pegamos o mapa da cidade, compramos o passe do metro e
seguimosnpara Bay Area.

Essa região eh mostra como os caras resolvem o problema de falta de
espaço, eles constroem ilhas artificiais.

A região impressiona pela grandiosidade, são inúmeras pontes,
viadutos, docas, tudo com fartura. Resolvemos andar na roda gigante
(segundo eles, a maior do mundo). Como estava chovendo, a vista ficou
prejudicada mas da pra ter uma noção da vista. Valeu a pena pagar 700
yens pelo passeio.

Voltamos para e metro com destino ao museu marítimo. Outra obra
impressionante, acho que qualquer arquiteto ia pirar aqui no Japao. O
vento nesse momento estava insuportável, apesar do dia nao estar muito
frio a sensação estava muito grande.

Um detalhe, toda região portuária no Brasil eh fedorenta e degradada.
Aqui parecia area nobre de cidades brasileiras.

Osaka foi a cidade mais bem sinalizada que já vi, em cada estação há
um uma relação de cada saída e qual ponto turístico fica nela (as
estações tem pra lá de 20 saídas). Outra característica, nao só das
estações, são os armarios públicos, você bota uma moeda, sua mochila e
nao se preocupa.

Saímos do Porto e fomos para zona norte da cidade. Outra região nova
da cidade, prédios gigantescos. Acho que osaka me impressionou mais
que tokyo nesse aspecto. Aqui passamos em frente ao museu de arte nacional e
museu de ciencias, ambos fechados. No japao tudo abre tarde e fecha cedo, eh incrivel isso.


Proxima parada Osaka Castle (Osakajo). Antes de chegar ao castelo, ha um enorme
parque, muito foda. O parque possui muitos banheiros publicos (como em todo lugar)
e claro que todos sao limpos. A caminhada gigante valeu a pena, o castelo eh imponente.

Em Osaka encontramos as japas mais bonitas. Apesar da gente achar que todo mundo aqui
eh igual, em cada regiao eles apresentam uma caracteristica.

Saimos do castelo e fomos para e estacao Namba, regiao sul da cidade. Queriamos conhecer
os arredores de Dontobori. A estacao eh um shopping subterraneo gigantesco, sao corredores imensos
de loja.

Apesar de estarmos mortos de cansaco, o esforco valeu a pena, parece que voce esta num fliperama,
sao luzes, pachinkos, lojas com lcds gigantes e muita, mas muita gente. Fiz alguns
videos para voces terem ideia da sensacao que eh passear nessa regiao.

(o email hoje esta mais seco porque estou muito cansado)

Batemos mais perna e voltamos para a estacao shin-osaka.

Pegamos um caminho diferente para o hostel e achamos um restaurante que oferecia Obanzi.
Um rodizio de comida local. Gastamos uns 10 minutos para explicar que queriamos apenas um
rodizio (com a ajuda de um cliente que sabia um pouco de ingles). Alem do rodizio de comida,
voce pode incluir o rodizio de soft drink ou bebida alcoolica.

O rodizio desse lugar dura apenas 1 hora, ha um relogio para voce ver conferir a hora que comecou
a comer. Antes mesmo de voce comecar eles trazem a conta. Isso eh algo meio comum aqui,
assim que voce fecha seu pedido, eles trazem a conta.

Quando estava no meu terceiro prato a japinha que tinha me atendido veio me passar um xingo,
ate o cozinheiro saiu da cozinha e veio falar comigo. Obviamente nao entendi porra nenhuma,
ela ficava me mostrando uma plaquinha vermelha em cima do macarrao e falando sem parar.
Pelo que entendi, o macarrao e outra comida la que nem lembro, soh podia ser servida uma vez.

Ao sair deixei o dinheiro na mesa, quando ja estava na rua o cara da porta correu atras de mim
e falou "the check". Disse que estava na mesa, esperei ele conferir e fui para o hostel.
Fico imaginado o que esse povo deve ter falado mal de mim.

O rodizio dos caras eh bem diferente do nosso.

Antes de ir, uma coisa que tem aos montes aqui no japao sao cafes, me lembrou muito Buenos Aires.

ate o proximo mail,


Friday, December 2, 2011

Boiada

Fotos: https://www.dropbox.com/sh/7jh0y5rd82ndief/AADJDGt9JLAYS3dGoocdWXoxa?dl=0

De tão cansado nao comentei o ultimo fato da noite. Bem próximo do
albergue uma ambulância vinha com a sirene ligada mas a o sinal para
pedrestes estava aberto. Senti que os japas estavam tensos, nao sabiam
bem o que fazer. Quando a ambulância se aproximou, o motorista começou
a falar igual um louco numa espécie de alto falante. Claro que nao
entendemos nada mas funcionou, os japas atravasseram a rua feito
loucos. Caímos no riso, esse povo eh realmente peculiar, nao basta um
sirene, um nego tem que falar para eles correrem.

Hoje foi a primeira noite que dormi direto (5 horas seguidas), o
truque da bacia de água ao lada da cama funcionou bem).

Outro dia muito frio, outro cafe no mesmo lugar (estava tocando frank
sinatra novamente) e uma garoa para acompanhar (todo lugar aqui tem um
local na porta para colocar o guarda chuva molhado ou oferecem uma
capinha).

Resolvemos ir no tourist information center para ver se conseguíamos
algum passe (o ônibus aqui eh mt caro). Quando chegamos no lugar
percebi que nao éramos os únicos perdidos, uma quantidade enorme de
asiáticos (ainda nao aprendi a diferencia-los) pedia informações.
Compramos o passe de um dia (500) e seguimos para o templo de kinkaju,
the golden pavilion. Antes de sair respondemos a um questionário, que
incluía perguntas sobre o cha verde.

A visitação aos templos eh algo bem organizado você compra seu ticket
e segue as setas. Em todos existe um caminho pre definido, nao ha
muito espaco para impovisacao. Como de coatumo, o lugar estava estava
lotado e o fluxo nos levou.

O templo eh enorme, como a maioria deles. Apesar de ser outono você
nao vê praticamente folha nenhuma no chão, esse povo eh realmente
maluco por limpeza. Na saída encontrei uma máquina de sorvete com
hagen danz de cha verde, sem noção. Reparei que essas máquinas ficam
no meio da rua, faço chuva ou faca sol, as bichas são muito
resistentes.

Os japoneses são loucos com souvenirs, em todo ponto turístico eles
lotam as barraquinhas.

Pegamos o ônibus e rumamos ao segundo tempo do dia Ginkakuji.

Andar de ônibus esta sendo bem menos traumático, orientar-se pelo mapa
eh bem simples, tão simples como o metro. Dentro do ônibus há um
painel que indica qual a próxima estação (ponto) em japa, inglês e
provavelmente chinês. Alem do motor ser desligado a cada parada, ele
também eh desligado a cada semáforo. O ônibus aqui só para no ponto,
digo, no local exato desenhado no chão. Nao tem dessa de parar atras,
se existe um busao encostado o outro espera ele sair.

O templo Ginkakuji eh bem bonito, existe um jardim de areia bem
bacana. Comum aos dois templos são as arvores, nunca vi esse tipo no
Brasil.

Saímos do templo (já to meio de saco cheio de templo, nao sou lá muito
zen budista) e fomos para o distrito de Goia (o distrito da geishas).
Infelizmente nao encontramos nenhuma geisha de verdade, apenas
adolescentes vestidas como tal.

Uma coisa que acontece com fraquencia aqui eh você ser surpreendido
com lugares imensos de entradas humildes. Foi mais ou menos isso que
aconteceu quando atravessamos o Yasaka-jinja Shrine. Começamos a subir
e a cada dobrada de esquina uma surpresa, ate um cemitério tinha.
Geralmente esses lugares são muito tranqüilos e no meio da cidade.

Outro detalhe curioso são as pecas de madeira, deve ser para nao
deixar os passarinhoa fazerem ninhos.

Como vi muitos carros difere tes, aproveitei para tirar algumas fotos
em homenagem ao Parizzi.

Antes de seguir para Kobe paramos para almoçar. Comi um mistura de
arroz, atum, queijo e alho poro. Muito boa a comida, alem de bem
quente (ideal para o frio insuportável). Saindo do cafe passei por
cima de um Rio, fiz um vídeo para mostrar o estado da água, parecia
água mineral.

Estação central de Kyoto, Shinkansen para shin-osaka, outro para
shin-kobe. Ao perguntar para a mocinha da informacao sobre mapas de
metro ela nos mostrou um folder do evento que estava ocorrendo na
cidade, uma espécie de luzes de Natal.

Resolvemos experimentar a dica. Pegamos um metro e um trem ate
chegarmos ao nosso destino. Descobrir aonde era o evento foi fácil.
Centenas de japas seguiam na mesma direção e guardas falavam sem
parar. Esses caras são tão organizados que fecharam todas as ruas no
entorno do negocio, alem disso colocaram grades formando o caminho ate
a iluminação, era como gado sendo guiado. Me lembrou muito a
organização da iluminação de Natal da praça da liberdade.

Caminhamos ate que todos pararam. Olhei para frente e entendi a
mecânica da coisa. Existiam duas porteiras. Eles liberavam a de trás e
fechavam a da frente ate esse espaço entre as duas ficar lotado.
Depois abriam a primeira porteira para o povo passar, depois repetiam.
Entramos numa avenida soh com lojas caras (gucci, louis vitton, etc) e
ao dobrar a esquina demos de cara com a tal iluminação.

O negocio era muito foda! Os caras fizeram um negocio absurdamente
foda. Que nem diria o Daniel Mendes, "ah nao, muito foda". Realmente
tudo aquilo me lembrava a iluminação de Natal da praça da liberdade.
Incrível como os caras conseguem organizar tanta gente, no percurso
todo nao gastamos 20 minutos. Aqui, praticamente nao existe fila, os
caras são muito rápidos, no McDonalds por exemplo, você demora mais
tempo pensando no pedido do que para recebe-ló.

Lembro que da ultima vez que no cristr gastei o dia para chegar lá em
cima. Isso nao acontece.

Depois disso fomos para Chinatown. Nessa região ficam os restaurantes
de bife de kobe, por curiosidade arriscamos entrar em um. Quando vimos
o módico preço de mais de 200 reais para 150g do pior tipo de kobe (mais de 1100 reais o
quilo) ficamos soh na curiosidade. Resolvi jantar num restaurante
chinês.

Entramos em um que ninguém tinha nenhuma noção de inglês mas possuíam
um cardápio. Bem, nao seu se foi o lugar, mas o cardápio eh bem
diferente dos chineses do Brasil. Na verdade, ate agora estou na
duvida se era realmente chinês.

Depois disso, metro, e dois Shinkansen. Hoje foi o dia que mais
passamos frio aqui. Foi muito bom voltar para o quarto.

Lembrei de algumas coisas curiosas. Em kobe a mão da escada eh trocada.

Abraços
Augusto.

PS: os malditos pachinko eram abundantes em kobe
PS2: fiz um vídeo da tv

Thursday, December 1, 2011

A Bomba

Fotos: https://www.dropbox.com/sh/1tkpnb5syqbsui0/AACo-yjDwzbKgFIhGvCS7rDya?dl=0

Nao temos uma privada high-tech na nossa nova habitação, uma perda.
Apesar disso, a privada tem algo diferente, existe uma
torneirinha em cima da caixa da privada, depois de dar descarga o
torneirinha começa a encher a caixa e você aproveita para passar uma
água na mão, bem engenhoso. O quarto nao possui cama, há um colchonete
que você estende sobre o tatame. Há ainda uma lanterna, cartazes de
economia de energia e o chuveiro tem um detalhe curioso. Ele meia a
água com a torneira. Ou você toma banho, ou você lava as mãos. Vou
postar fotos.

Acho que japonês sente muito frio, nos dois hostels o edredon era
cavalar. O negocio chega a ser pesado, e como nao sou friorento, acabo
acordando no meio da noite todo suado. Ando dormindo muito pouco aqui
no Japao, nao dormi nenhuma noite direto, sempre acordo. Meu organismo
ainda esta se adaptando. Alem disso, aqui esta muito seco (bem
Brasilia) e minha garganta esta sofrendo bastante.

A media luna japonesa eh diferente da nossa, eh bem leve e
amanteigada, muito boa. O cafe que tomei foi o pular Boss, toda VM
(máquinas de vender bebidas/comidas) tem, só ontem que me dei conta
que nessas máquinas existem bebidas frias e quentes. Achei uma máquina
em inglês e lá falava hot e cold, fica um sinal vermelho ou azul
abaixo da bebida. Sabendo disso estou ainda mais viciado, tomar cafe
quente em lata eh uma experiência interessante. Essas VM aqui do Japao
são muito boas, lembro que quando usava as do icex, alem de caras,
elas sempre me roubavam alguma grana.

Ontem a noite tentei descobrir o horário do trem bala, mas o time
table dos caras eh indecifrável, to mandando fotos disso.

Seguimos para Hiroshima, dessa vez iríamos pear dois trem bala. O
primeiro era o mesmo de ontem, o segundo nos pareceu mais velho. Pelo
que entendi, existem 4 companhias que administram o trem bala, uma
para cada região do Japao, as JRs (japan railways), claro que você nao
nota sofrença alguma dos serviços, tudo eh mt profissional e
padronizado (como tudo no Japao) por falar em coisas japonesas, notei
que as marcas japonesas que nos conhecemos estão em todos os lugares.
Aqui nao existem elevadores othis ou thysen, aqui eh mitsubushi,
fujitsu, etc. As empresas japonesas atuam nos mais diversos ramos,
você encontra exaustores e carros da mitsubushi. Depois dessa viagem,
tenho certeza que darei mais valor para as coisas Made In Japan.

Antes de embarcar no primeiro trem, arriscamos uma nova guloseima, um
palito de biscoito coberto com chocolate. A aparência do palito me
lembra demais aquele chips que era uma palito (alguém lembra o nome?).
Vocês devem ter reparado as inumeras fotos de comida, eh que toda vez
que vejo alguma comida ou bebida japonesa costumo experimentar,
escolher comida so pela aparência eh bem interessante.

Entramos por engano num vagão fumante, aqui eh proibido andar na rua
fumando mas pode fumar no trem. Outro fato curioso eh a desproporcao
de homens e mulheres fumantes, os Homens fumam muito mais que as
mulheres.

Notei que os japoneses tem muito orgulho de duas coisas: cha verde e
Shinkansen. Tem tudo de cha verde, sorvete, bolo, doce e ate Kit Kat
(meu chocolate preferido). Nas estações do tem bala você pode comprar
caneta trem bala, hashi trem bala, sacola trem bala, e ate Kit Kat
trem bala. Tirei fotos disso.

Os japoneses são cheio de coisas curiosas. Por exemplo, quase tudo tem
uma musiquinha, quando o trem bala vai parar por exemplo, ele nao da
um sinal e diz que vai parar. Ele toca uma musiquinha e diz alguma
coisa. Eles também adoram desenho de bichos, cartazes usam bichinhos,
ate o carrinho de suprimentos pro trem bala tinha um cartaz de bicho
pregado.

Alem das mascaras, os japas usam luvas. Todo serviço que lida com o
publico, guarda, segurança do metro, carregador, nego que empurra o
povo para dentro do metro (na hora de rush, para compactar o povo
existem funcionários do metro que gentilmente compacta a galera para
dentro do vagão. Mas nao pensem que eh algo parecido com aquele povo
de chicote nos trens urbarnos do RJ), enfim, eles usam luva. Ahhh, e
a luva eh branca e nuca esta muito suja, na verdade a roupa do povo
aqui eh impecável, observei dois pedreiros de uma obra, eles usavam um
macacão azul e um cinto branco, o bendito cinto eatava muito branco.
Parece que o povo sempre acabou de passar a roupa, eh impressionate.

Outro detalhe que reparei que aqui eles usam muito dinheiro em papel e
moeda. Nao eh todo lugar que aceita cartão d credito. A moeda também
faz sucesso, o telefone publico usa, o ônibus, o metro, as VM...
Fiquei pensando sobre isso, talvez, nossa modernidade de ter cartão
para tudo, seja meio besta. Tendo a acreditar que o pensamento deles a
esse respeito esteja correto, pois o nível de automações das coisas
aqui eh absurdo, quase tudo você consegue fazer sem interagir com uma
pessoa. Então, se eles preferem moeda, um bom motivo deve ter.

No meio do caminho percebemos que nosso trem bala eatava parando em
todas as estações, e por isso, demorando muito. Resolvemos descer e
trocar de trem. Com a troca iríamos gastar 10 minutos a Maia para
chegar a Hiroshima mas compramos um McDonalds para viagem. Comi um Mc
Pork, muito bom por sinal, e comprovei que o fast food aqui eh
realmente fast. Outra coisa legal que andamos num trem mais novo e
absurdamente mais rápido. Pelo que entendi, para cada percurso, existe
mais de uma linha. Cada uma com uma um tipo de carro e diferentes
paradas.

Chegando a Hiroshima a primeira surpresa, o transporte ate o parque da
paz (parque em lembrança a bomba) eh feito de bonde. No meio dessa
modernidade toda temos um bonde (eles tem metro, trem e ônibus para
completar). A cidade de Hiroshima eh impecável, eh tudo muito bem
cuidado, se nao fosse pelo parque, você nunca saberia que a cidade foi
devastada pela bomba.

Uma coisa que eh notável eh sinalização dos lugares. Geralmente você
nao precisa perguntar nada pra ninguém, basta seguir as placas. Lembro
que em Curitiba, simplesmente nao consegui pegar ônibus de linha sem
perguntar 300x para alguém.

Chegamos ao parque e a primeira coisa que se vê eh "A-Bomb Dome", uma
das poucas estruturas que resistiram a bomba. Por muitos anos
discutiu-se se o prédio deveria ser demolido, a lembrança da bom traz
muito sofrimento ao povo japonês, ate que o conselho da cidade
resolveu conservar o lugar, uma campanha foi feita e fundos foram
arrecadados para manter o lugar, que posteriormente foi declarado
patrimônio da humanidade

O parque impressiona pela beleza e conservação, tudo eh
milimetricamente cuidado. Existem varias pecas em relação ao ocorrido.
Uma estatua lembra a história de Sasaki Sadako, uma garotinha de 12
anos que teve câncer por causa da bomba e na esperança de se curar
começou a fazer origamis (existe uma lenda no Japao que diz, qualquer
um que fizer 1000 origamis terá um desejo realizado). Sasaki completou
644 e morreu. Uma colega de classe ficou tão comovida que completou os
1000 e fez uma campanha para arrecadar fundos para contruir um
monumento.

Depois de bater perna resolvemos entrar no museu, para a nossa
surpresa existia um audio guide em português brasileiro. Começamos o
passeio e fomos escutando a história da bomba, existem maquetes que
mostram o antes e depois, eh bem impressioante.

No esforço de guerra varias crianças foram usadas, alem de
praticamente toda a riqueza do pais, no auge, mais de 80% da riqueza
eatava empregada na guerra (ate as panelas era doadas), o povo todo
participava.

Bem, tudo estava indo bem ate que as vitimas da bomba deixaram de ser
apenas numeros (80.000 morreram instantanemte e outras 60.000 nos dias
seguintes) começaram a ter nomes e caras.

Quando comecei a ouvir a história de algumas vitimas, um no na
garganta. Quando você vê os uniformes escolares queimados, escuta que
a pele das crianças se descolava do corpo, nao tem como ficar imune.
Eh impossível nao ficar revoltado com os EUA, com o tamanho do absurdo
que cometeram. Antes de vir ao Japao li esse relato (http://arnobiorocha.com.br/2011/05/04/cronicas-do-japao-xii-hiroshima-nossa-dor/)
e fiquei impressionado, mas nao há como descrever o sentimento que se sente,
realmente eh necessário estar aqui para sentir. Foi a coisa mais
triste que já escutei na vida. Recomendo demais a leitura, ele
traduziu muito bem o sentimento.

Eh realmente incrível o poder de superação desse povo. O acidente foi
em 46 e a cidade eh impecável. Se fosse no Brasil, ate hoje seria uma
área isolada, com as verbas para a reconstrução desviadas.

A medida que ia escutando as historias, mais triste ficava ate que
fomos interpelados por uma simpática e funcionaria do museu. Ela nos
disse que a sua função no museu e conversar com as pessoas a respeito
das armas nucleares, mas acabamos falando de vários assuntos. Ela
perguntou se o Brasil já tinha entrado em alguma guerra, e soh lembrei
da lambança que fizemos no Paraguai. Falamos de transporte publico, e
da falta de metro de verdade no Brasil, e elogiei muito o metro deles
(ela me pareceu nao concordar que o metro japonês eh excelente. Para
vocês terem uma idéia, nem CNH ela tinha Ela se mostrou bem
interessada no nosso pais.

Ela nos contou que a bomba foi jogada no centro de Hiroshima e que
aquilo foi uma sacanagem. Pois nos arredores da cidade que ficavam as
bases mitares. Os americanos queriam matar civis. Ela disse também que
depois do ultimo acidente nuclear eles estão pensando em abandonar
esse tipo de energia. Se Tm algum povo que eh capaz de fazer isso, são
os japoneses. Ela nos perguntou se tínhamos usinas nucleares, citei
angra mas disse que a maioria da nossa energia vem da água.

A conversa serviu para nos deixar um pouco mais animado, aquelas
historias tinham nos deixado muito para baixo. A nossa nova amiga se
despediu com um sorriso no rosto.

Pegamos o bonde de volta para a estação central, entramos um trem e
chegamos a estação de ferry boat. Nosso destino era a ilha de
Miyajima, um dos lugares mais visitados do Japao.

Na água você já vê o grande Itsukushima Shrine, o Shrine mais famoso
do pais. Eh realmente muito bonito, uma paisagem única. A ilha eh
muito bonita, tem diversos templos, aquário, etc. Devido ao nosso
contratempo matinal, chegamos um pouco tarde e só deu tempo de visitar
um templo.

Na ilha os bichos convivem pacificamente com as pessoas, logo que
começamos a caminhar vimos um bicho (nao sei o nome, tem foto dos
danados), na verdade vários deles. Eles passam ao seu lado se dar a
menor confiança, eh como se nao existíssemos.

Fim de passeio, ferry boat, trem e Shinkansen para Kyoto. Antes de
embarcar mais um Mc. Dessa vez uma torta de batata com bacon (o
Almeida deve ter ficado com inveja com os dois momentos McDonalds)

Chegando a Kyoto comi um macarrao com polvo num restaurante no subsolo (aqui eh cheio disso, predios soh com restaurantes) e fomos para o hostel.

Claro que os dois lugares que fomos estavam entupidos de japoneses, os
caras fazem muito turismo domestico. Outra curiosidade eh o número de
excursões de colégio, em todo lugares que fomos uma quantidade enorme
de crianças.

Outros fatos que reparei. A cortesia desse povo chega a tal ponto que
o condutor do bonde cumprimenta um a um os passageiros que descem. E
por ultimo, a quantidade de idosos eh impressionante, eles estão por
todos os lugares.

Aquele abraço.
Augusto

PS: hoje fez um frio ABSURDO, como nao levei blusa extra, passei um
aperto danado.
PS2: nao vi nenhum pachinko em Hiroshima.

O mundo eh um ovo




Começamos o ia atras de um caixa eletrônico do Citibank, pegamos um
metro, descemos duas estações depois. Tivemos que perguntar aonde
ficava o caixa, algumas estações do metro são absurdamente grandes,
facilmente você fica perdido. Nessa estação, pela primeira vez na vida
vi uma escada rolante que vira uma esteira rolante e depois volta a
ser uma escada rolante (foto)

Nosso passe livre de metro acabou ontem, então tivemos que nos virar
para comprar os tikets. Para comprar você deve olhar no mapa e ver
quanto fica ate a estação destino. Você insere o ticket na hora de
entrar e sair da estação, então, se você quiser dar o migue nao tem
jeito, a saída fica travada, aí você deve voltar na maquininha e
completar.

Rumamos em direção ao mercado de peixe para tomarmos um cafe da manha.

O mercado, como todo mercado, eh bem bagunçado e cheio. Vimos o povo
tomando uma sopa e resolvemos experimentar. Fiz um vídeo com o cara
montando a sopa (qdo ele viu q estava filmando ficou bravo e mandou
parar).

A sopa eh muito boa, o tempero das comidas aqui eh muito bom, suave,
com pouco sal, mas muito saboroso.

Continuamos batendo perna no mercado, estava a procura de algum japa
que falasse inglês, queria dica de um bom restaurante de sushi. Na
feira tem amostra grátis de tudo. Quando fui experimentar uma de cha
verde o sujeito puxou assunto.

Quando falamos quer éramos do Brasil o cara abriu um sorriso, se
desculpou por nao falar português. Pedi que ele indicasse o melhor
sushi da região, ele prontamente escreveu num papelzinho e fez um
mapinha.

Chegamos ao restaurante e percebemos que ali nao era lugar de turista,
ninguém falava inglês, apenas um mais jovem arranhava umas poucas
palavras.

Perguntei qual era o melhor peixe e ele me trouxe duas pecas de atum.
Um atum normal e outro mais claro (fat tun). Os atuns bons são
vendidos mais cedo no leilão de atum nesse mercado. Eles podem chegar
a custas alguns milhares de dólares.

Fiz o meu pedido, o sushi man montou na minha frente e entregou as 4
primeiras pecas (tem foto disso). Agora eu tenho certeza que comi o
verdadeiro sushi japonês. O gosto eh inigualável! O peixe parece
derreter na boca, eh algo indescritível. O arroz também eh muito bom,
nao eh aquela coisa empapada do Brasil. E claro, a proporção
carne/arroz eh bem diferente. Há muito mais peixe que arroz. O tal fat
tun eh incrível (como diria o Mendes), e me custou a bagatela de 17
reais.

Quando me serviu a primeira leva, o sushi man disse para eu nao
colocar molho no salmão grelhado. Enquanto isso, os outros riam da
minha cara, ali definitivamente nao era um lugar de turista (o que foi
um ótimo sinal). A segunda leva foi muito boa também, nunca comi um
camarão tão bom na minha vida, muita carne no camarão, da mesma forma
ele me alertou para nao colocar molho no peca de polvo, pois ela já
vinha com um molho, e esse molho também tinha um sabor único.

Sushi no Japao eh caro, os restaurantes de sushi nunca estão lotados.
Essa história que japonês soh come peixe cru eh lenda urbana, para
cada restaurante de sushi você encontra uns 5 de comida quente. As
comidas quentes são bem mais baratas.

Conclusão disso tudo: esse foi, sem duvida, o melhor sushi que já comi
na minha vida.

Depois disso seguimos para a estação tokyo para pregarmos o Shinkansen
( trem bala) para Kyoto. O trem chegou e um exercito de mulheres
vestidas de rosa começaram a limpar os vagões. O horário do trem era
12:33 e elas só liberaram o vagão as 12:28. Achei que iria assistir o
primeiro atraso de trem mas me enganei. As 12:33 o trem partiu.

O trem nao estava muito cheio, o trem bala eh caro para os padrões
japoneses, dentro muitos turistas e homens de terno. Segundoeu a amigo
japonês, apenas os ricos usam o trem bala.

O espaço entre as cadeiras eh enorme (isso na classe normal) e a
cadeira reclina um bocado. Durante o percurso notei túneis bem grande,
construir um bicho desse deve ser muito caro.

Percebi que na periferia de tokyo nao existem prédios grandes, existem
muitas casas de dois andares e prédios de ate três andares. A
densidade populacional eh balanceada. O mesmo vale para as cidades do
interior que o trem passa, você nao vê prédios. Tanto no subúrbios
quanto nas cidades do inteiros você vê ruas bem estreitas (nao passam
dois carros) e pouquíssimos carros. O povo aqui ou vai de trem ou de
bike!

Outro detalhe previsivel eh a falta de cerca entre as propriedades
rurais e de grades ou muros entre as casas. Por falar em propriedades,
entre tokyo e Kyoto, você nao vê terras livres, ou tem construção ou
tem plantação e pelo que reparei elas são pequenas.

Viajar de trem bala eh muito confortável, se existisse um desses
fazendo BH-BSB a minha vida seria facilitada. Eh bem tranquilo morar
numa cidade e trabalhar em outra com o trem bala. Mas vamos ser
realistas. O Japao construiu, provavelmente, a maior e melhor rede de
transporte ferroviário do mundo antes de se aventurar no trem bala. No
Brasil queremos fazer o contrário, ou seja, ridículo.

Fiz um videozinho da chegada e do trem bala em ação. Nao deu pra medir
a velocidade, mas na volta eu meço.

Eu uma das estações entrou uma mãe junto com uma menininha de cerca de
1 ano meio. Incrível como as crianças japas são comportadas, em nenhum
momento ela fez barulho.

Fim da viagem e uma constatacao idiota, o trem chego no minuto que era previsto,
nenhum minuto a mais, nenhum minuto a menos, exatamete 2:40 depois da partida.

Chegando em Kyoto ficamos impressioandos com a estacao, ela foi construida pelo
arquiteto Hara Hiroshi no aniversario de 1200 da capital. Eh incrivel como as coisas aqui
sao antigas tem historia.

Chegando na cidade pedimos informacao num balcao de informacoes, o povo aqui realmente fala
mal ingles, o meu que nao eh grandes coisas fica sendo bom aqui. O nosso hostel ficava a 3 quadras
da estacao, num ponto excelente.

A primeira impressao da cidade eh que as pessoas aqui, na media, sao mais ricas que Tokyo,
foi uma impressao semelhante a que tive quando fui de Buenos Aires para Rosario.

Conversamos na rececpcao e pedimos algumas dicas, queriamos ir no templo Kiyomizudera, que no
Outono ganha uma iluminacao especial e fica aberto ate as 21:00. Tivemos que pegar um onibus para
chegar ate o templo, e a conclusao que cheguei que onibus eh ruim em qualquer lugar do mundo,
cheio, sacolejante e fora do horario. Se nem os japas deram um jeito no onibus eh porque nao presta. Ah,
e era mais caro que o metro.

Descemos na estacao indicada e seguimos subindo por uma rua estreita com varias lojas e restaurantes,
a medida que chegavamos perto do templo o numero de pessoas aumentava, quando ja estavamos avistando
o templo uma fila GIGANTESCA se formava. Guardinhas iam berrando para o povo se organizar, formar linhas
com 4 pessoas.

O mais incrivel que a imensa maioria dos turistas, tipo 99.9% me pareciam japoneses, eu nao conseguia
entender, acho que nunca vi um ponto turistico com tanta gente, e gente local! Voces nao tem ideia o tanto
de gente que tinha no templo, esse templo eh um dos maiores do japao e de tanta gente parecia pequeno.

No templo voce anda com o fluxo, nao tem muito tempo de pensar, e as tal iluminacao de outono eh um
sucesso mesmo. No meio do fluxo escuto um cara falando portugues, nao resisti e puxei papo. Tratava-se de um
professor, uma professora e tres estudantes, todos eles de uma rede de escola brasileira aqui no japao (o antigo
pitagoras). Perguntei a professora (que era descedente de japones) se ela conhecia uma ex professora minha,
a Kumiko. E nao era que a mulher conhecia, o mundo eh um ovo mesmo.

Perguntei a eles se aquele povo toda era japones, e eles disseram que sim, que os japas gostam de visitar as coisas nas
4 estacoes do ano, e aquele templo era um dos mais famosos do japao. Disseram tambem que os japoneses fazem
muito turismo domestico.

Prosseguindo o passeio vi um balcao aonde as pessoas levavam um livrinho e um cara carimbava e escrevia alguma coisa (video),
deduzi que devia ser algum tipo de cartao de visita, voce vai ao lugar e o cara marca que foi lah, no final do video me aparece um
japa bebada tentando se comunicar comigo, mas tava inviavel, dispensei o japa e prossegui.

Saindo do templo encontrei algo que parececia um churros japones, mas nem chegou perto do nosso bom e velho (e podrao) churros,
era soh um doce meio sem graca (mas pelo menos nao era de feijao). Depois disso voltamos para casa num buzao cheio. Ah,
um detalhe dos onibus que me chamou atencao. Eles nao andam de porta aberta, quando o motorista abre a porta, o motor delisga,
e soh volta a ligar quando ele fecha a porta.

Uma caracteristica dos pontos turisticos aqui eh que todos tem um bom lugar para comer, e o preco nao eh normal, nao eh preco
extorsivo como eh noi Brasil. Outra coisa eh a rapidez dos restaurantes, voce pede a comida e em menos de 3 minutos (geralmente
menos de 1) o rango ta na mesa.

Bem, por hoje eh soh! to morto! Amanha devemos pegar o Shinkansen para Hiroshima!

Antes de ir, o Radicchi google aquele flipera/caca-niquel do inferno, o pachinko (aqui em kyoto ja vi 4)

As an indicator of the popularity of pachinko in Japan, the Japanese government estimates of the annual revenues of the pachinko and pachislot industry is in the region of ¥29 trillion (US$300 billion)[2]. To put this in perspective, this is around four times the total profit of world-wide legal casino gambling each year,[2] twice the annual turnover of Japan's automobile industry,[citation needed] and approximately equivalent to the estimated yearly profit of the global narcotics trade.

Ta vendo? Eh coisa do capeta!

Abraco

Monge 171


O dia começou com outro cafe ocidental. Mas dessa vez numa rede de
cafés que parece ser daqui. O cafe ficava na porta do ueno park.

Entramos no parque e fomos abordados por um monge. O cara nos mostrou
um livro com nome de turistas e doações. Como estava com coração mole
resolvi dar um dinheiro. Em troca me deu uma medalha e uma pulseira.
Bem, na hora que fiz a conversão da moeda tomei um susto. Havia dado
uns 70 dólares. Caímos no golpe do monge.

Indignado sai atras do monge. Por sorte encontrei o 171 de novo,
expliquei que queria dar apenas uma parte da grana, ele nos devolveu
metade. Ainda besta concordei. Depois andando pelo parque fiquei mais
indgnado. Resolvi procurar policia.

Existe uma estação de policia dentro do parque e chegando lá fui
tentar explicar para o guarda o ocorrido. Numa mistura de mímica,
dicionario inglês japonês do iPhone e mímica consegui dar uma idéia do
ocorrido.

O cara ligou e disse que alguém que falava inglês ia falar comigo.
Achei ótimo. Expliquei pro outro policial o ocorrido. O guarda fez
algumas anotações e saímos em perseguição do meliante.

O guarda gordo em sua bike e eu correndo. Chegamos ao local aonde o
safado costumava ficar e nem sinal do cara. Fomos para outro posto
policial. Tive a idéia então de ligar para a amiga da Alana e tentar
uma tradução.

Falei tudo para ela, ela disse que iria explicar para o guarda. Mas
parece que a linha caiu. O guarda ligou de novo falou umas coisas mas
nao entendi se ele estava falando com a minha tradutora.

Falei para eles anotarem meu telefone e me ligarem caso tivessem
alguma noticia. Uma coisa interessante que eles nao me paravam de
perguntar se o monge era japonês. Eu falava que nao sabia. Falava que
parecia, os caras esperavam que eu distinguisse um asiático do outro?
Aí já eh demais.

Viajei pro outro lado do mundo para ser feito de trouxa. Ficamos
contaminados pelo espirito de bondade dos japoneses e nos ferramos. O
raiva. Mas ainda volto ao monge.

Prosseguimos para o museu nacional de tokyo e compramos um regular
ticket, pois o guia michelin soh fala das exposições permanentes e
também nao sou um profundo conhecedor da arte oriental.

Acabou que isso foi uma grande sorte, a fila para o ticket fodao era
gigantesca (fotos).

O museu eh de graça para menores de 18 e acima de 70 ou 65, talvez
isso explique a quantidade absurda de velhinhos. Eh uma velharada sem
noção, e muito mais mulheres que homem (aqui também, a expectativa de
vida das mulheres eh mais alta que a dos homens).

Museu eh museu. Então nao vou ficar falando dos quadros, objetos e
afins. As fotos resumem bem o que vimos.

Dentro do museu existem poucos guardinhas, quase ninguém fica vendo se
as pessoas estão cruzando a linha. Antes de sair do museu duas
simpáticas jovens nos ofereceram uma espécie de cartão postal em
branco para que pudéssemos usar uns carimbos que ficavam numa mesa.
Como nao levo jeito nenhum pra artista o meu ficou uma droga. No final
elas deram a folheto explicativo do significado de cada carimbo.

Existem muitos turistas asiáticos aqui no Japao. Na verdade existem
muito mais turistas orientais que ocidentais por essas bandas.

Em uma das salas, Lemos algo a respeito da porta de correr, todo lugar
aqui eh assim. Com porta de correr, isso economiza espaço. Na verdade
tudo por aqui eh otimizado. Ate a bandeja do fasto Foods eh a metade
da nossa. Os caras otimizam todo o espaço.

Saímos do museu e fomos para o jardim do mesmo. Lugar muito bonito,
aonde um tanto de velhinha lanchava (fiz um vídeo).

Depois do museu ora de ir para o zôo. Zoológico eh uma coisa meio
triste, os bichos são bem deprimidos mas nao podia deixar de vender um
panda ao vivo.

A primeira atracão do zôo era o giant panda! Reparei que os japas são
loucos com panda. Eh um tal de save the panda pra tudo quanto eh
lugar.

Vimos uns bicchos interessantes, tipo um papagaio branco e que falava
japonês :-)

Acho que o único bicho que nao eh deprimido no zôo são os macacos. Ai
da pra fazer um paralelo com os seres humanos. Alem de se acostumarem
com as grades os bichos são exibidos.

De resto, soh o bisão e o urso polar que foram relvantes. De volta a
estrada, o destino agora era a cidade de kamakura.

No zôo vimos diversas excursões de crianças, cada uma usava um chapéu
de uma cor, e os meninos eram divididos em grupos, alguns nem ficavam
com supervisão adulta. Os meninos realmente são comportados, desde
pequenos são sossegados. Para vocês terem idéia, uma menina pequena,
uns 3 anos, caiu no chão e nao chorou! A mãe ajudou a pequena a se
levantar e ponto final.

Andando de volta pelo parque encontramos de novo com o monge 171! E
agora com um comparsa! Procurei um policial e nada! Vi que o safado
conversava com um casal. Depois que ele saiu, fui conversar com o
casal.

Perguntei se os caras eram realmente monges. O sujeito acabava que
sim, mas eram monges da China, nisso um japiins de bike começou a
conversar com a gente.

No começo pensei que era outro vigarista, mas logo vi que o cara era
gente boa. Contei a história dos monges o ele riu, disse que
provavelmente os caras eram tawaneses e que realmente era picaretas.
Que dificilmente um japones faria o que eles fizeram.

Fiquei um bom tempo conversando com meu primeiro conhecido japonês, o
professor Yochiaki. Ele era um professor de inglês aposentado. Quando
falei que era do Brasil ele fez uma cara boa. Disse que como éramos
ricos, os brasileiros, podíamos ser enganados. O cara parecia mesmo
conhecer nosso pais, sobre como a economia esta bombando.

Acabou que fiquei uns 20 minutos batendo papo e ele disse que poderia
ser nosso guia por um dia, pois como era aposentado, every day is
sunday. Peguei os contatos do sujeito e pretendo ligar para ele quando
voltar de Kyoto.

Só uma curiosidade, quando disse que BH nao tinha metro e arregalou o
olho de espanto, ficou perfurando como fazíamos. E quando disse que o
melhor meio de transporte eh o carro ele ficou mais chocado ainda.

Patronos então para a cidade de kamakura. Dessa vez iriamos pegar trem
ao invés de metro. A diferença do metro para o trem eh mínima, a
velocidade eh quase a mesma, o conforto também. Tivemos que fazer
apenas uma baldeacao. Dessa vez andamos bons kms, a cidade ficava a 30
minutos de metro.

Cegando na cidade depois das 4 e a principal atracão da cidade, o buda
gigante, já eatava fechado, tivemos que nos contentar com a segunda
atracão, Tsueugaoka Hachiman.

Esse templo eh bem grande e muito conservado, mas o que realmente
chamou a atenção foi a cidade em si, a sensação de uma cidade do
interior rica.

Caminhando pela rua encontramos espetinhos doce, eles eram de red
bean, isso msm, de feijão. Obviamente tive que provar e obviamente era
ruim.

Andando mais um pouco um "buteco" vendia cerva e espetinhos. Perguntei
se a cerveja era local e ele confirmou. Nao resisti e pedi um copo (morra de inveja baiano e thiagod). A
cerca realmente era boa, bem gostosa. Fomos ao templo, tiramos mais
umas fotos.

Por falar em fotos, eles nunca entram na frente da sua foto, chegou ao
cumulo de um carro de manutenção do parque parar quando viu a gente
tirado foto.

Voltando do templo achei uns picolés japanoses, tive que provar.
Peguei o de cha verde (claro que era o mais bizarro). Uma bosta,
jogeio fora.

Depois comi um suhi de bandejha e fomos para a estação.

De volta para casa, pegamos o trem errado e fomos parar numa estação
sem conexão, tivemos que pegar outro trem, conectar o metro e depois
outro metro. Ainda bem que compramos passes infinitos de trem e metro.

Aqui eles costumam facilitar a vida dos turistas, para tudo tem um passe
infinito ou um passe especial.


Algumas observacoes gerais...
Ontem esqueci de falar da nossa ultima refeição, como o sushi foi
pouco, fomos a uma rede de fast food local. O Sanduba me surpreendeu,
muito bom.

A nossa ida a Apple store confirmou minha observação. Os caras aqui
adora a Apple, no metro o iPhone eh disparado o smartphone mais
poupular.

Voltando a falar de bicicleta, elas sao usadas por todo mundo, velho, novo, homem, mulher, etc. Nao existem ciclovias, eles dividem a calcada com os pedestres e nao vi nenhum problema nisso, tambem nao usam nenhum equipamento de seguranca. Cicilistas sao tratados como pedestres.
Nao lembro se falei sobre a regra da escada rolante, as pessoas que querem ir no ritmo da escada rolante devem ficar a esquerda, deixando a direita livre para quem esta com pressa passar, tirei algumas fotos ontem mostrando isso.
A respeito da limpeza, no parque observei que quanto estao limpando um local eles isolam a area, e sempre tem uns 5, 6 caras limando uma area relativamente pequena, tem fotos mostrando isso tambem.
Os japoneses sao muito prestativos, mesmo sem falar bem o ingles, eles tentam ajudar sempre. Ontem, enquanto olhavavamos o mapa do metro uma mulher se aproximou e perguntou para onde queriamos ir. Turista aqui nao passa aperto, alem de ser MUITO seguro, voce sempre consegue se virar, ate com mimica eles sao prestativos e bem humorados.
Outra caracteristica eh a cortesia do povo aqui, eles agradecem para tudo! E toda loja que voce entra eles te cumprimentam, mesmo que nao compre nada.
Estou viciado nessas maquinas de rua (Vending Machines), sempre que vejo uma procuro uma bebida inetida, deixo uns 120 Yenes e provo um novo drink. Reparem na foto da fanta verde! Por incrivel que pareca, o trem eh bao.
Eles adoram cachorros por aqui, e adoram os da raca basset. Ate agora nao vi nenhum cachorro de rua.
Aqui tambem tem mendigo (foto com um cara barbudo na escada).
Acessibilidade aqui eh coisa seria, todo lugar tem elevador, rampa e marcar no chao para os cegos.
Em todo lugar tem uma cestinha (ou bandejinha) para voce colocar o dinheiro (tireo fotos disso). Eles recebem nessa bandeja e te entregam o troco nela.
Apesar de termos visto lojas de bijouterias, as mulheres aqui nao usam brinco no dia-a-dia, acho que soh usam em festa.
O caca niquel infernal parece que se chama " zero-1 pachinko and slot", alguem googla ai por favor.
O prato que comi, segundo o Rolo eh bem popular, segue a explicacao: trata-se de curry rice, um prato baseado em tempero indiano
(bem picante) que pode ser preparado tanto com carne de boi, porco ou
frango. Geralmente colocam cebola, batata e cenoura no molho.